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Especial Oscar - Grande Hotel Budapeste

  • Foto do escritor: coopingblog
    coopingblog
  • 22 de fev. de 2015
  • 3 min de leitura

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Por: Marina Quintiliano


Wes Anderson sempre nos traz a universos coloridos e engraçados em seus filmes. O Grande Hotel Budapeste traz tudo de bom do diretor estadunidense, criando uma experiência única e divertida como todo o filme do mesmo deve ser.


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A história começa quando um escritor (Jude Law) se hospeda no que um dia fora um grande e bem cuidado hotel (que hoje era considerado fora de moda e mal cuidado) onde acaba por conhecer o dono do Grande Hotel Budapeste, que por sua vez decide contar ao escritor como virou dono do hotel e é ai que nossa história começa. Apesar de parecer confuso, tudo fica muito bem pautado e fácil de reconhecer em que plano da história estamos.



Dentro da história do dono do hotel nos deparamos com dois novos personagens, que serão os protagonistas daqui para frente. M. Gustave (Ralph Fiennes) e o jovem concierge do hotel Zero (Tony Revolori), sendo M. Gustave extremamente perfeccionista e atencioso e Zero tentando seguir os passos de Gustave para fazer jus a todo o requinte e prestigio do hotel. Os dois personagens têm uma relação de amizade e ao mesmo tempo de empregado/empregador muito bem pontuadas e interessante de se acompanhar, que se atenua ao decorrer do filme.


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O recurso de transformar alguma cena que supostamente devia ser melancólica numa cena incrivelmente cômica e estranha é usada tão bem quanto em qualquer outro filme de Wes Anderson. Os personagens caricatos reforçados pela incrível maquiagem e figurino do filme dão aquela beleza que quase te faz suspirar em certas situações (além das atuações daquele elenco maravilhoso que é de praxe do diretor) e te encher os olhos com aquela paleta de cores doida que todo mundo ama.


Destaco aqui a maquiagem de Tilda Swinton ( que eu só descobri que estava no filme quando fui escrever esse texto) a atuação de Ralph Fiennes, que em nenhum momento falha em representar um personagem tão complexo como M. Gustave e a de Willem Dafoe e Adrien Brody como os irmãos vilões da trama. Grande Hotel Pudapeste é um filme inesquecível e mágico que traz alguns assuntos sérios como plano de fundo mas impressiona mesmo pelos personagens e cenários que nos trazem dentro da cabeça doida e colorida de Wes Anderson.


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Esse tumblr aqui faz muitos outros trabalhos como esse :http://wesandersonpalettes.tumblr.com/"


Comentários:


Antônio: O Grande Hotel Budapest é realmente intrigante, mas não por haver muito trigo. É um filme diferente, quase não vemos nada parecido com ele ultimamente.


A trama do longa é nada mais do que um grande clichê de disputa por herança, nada grandioso, um tanto quanto comum até. No entanto, é na forma como o enredo transcorre que está o grande diferencial. A edição presente no filme é tão gostosa e divertida de assistir, que nem vi o tempo passar depois dos 40 minutos iniciais.


Aliás, achei, também, que esse foi o maior defeito presente no longa: a coisa toda só começa a ficar interessante após 40 minutos, quando a história chega no objetivo central, antes disso, assistir aquela película parecia uma tarefa meio chata, pois não via objetivo no que estava a acontecer, pelo menos o que havia sido mostrado até então não me despertava interesse algum. Depois destes 40 minutos, o filme fica realmente interessante.


Voltando à humorística edição, o filme parecia uma fusão de três aspectos: desenho animado, cenas cômicas, e personagens com figurinos, penteados exóticos, e personalidades distintas, mas nada disso muito forte, sem exagero do diretor.


The Grand Budapest Hotel é um filme bom e divertido, mas nada espetacular, não creio que seja digno de Oscar. Não o imagino sendo lembrado daqui a alguns anos. Um filme digno de Oscar deve ser lembrado por si só, e não por ter sido ganhador deste titulo.


Edgar: Wes Anderson é fofo. É divertido. É carismático. Mas... Grande Hotel Budapeste não é seu melhor filme. Moonrise Kingdom, por exemplo, dá um banho em Grande Hotel. Sabe aquele filme apenas "legalzinho"? Pois é... Grande Hotel Budapeste é isso.


Entidade: Foi uma sensação tão divertida assistir Grande Hotel Budapeste. Parece ter sido feito para relaxar, por mais que exista uma “complexidade” por estarmos nos deparando com uma história, dentro de uma história, dentro de outra história. Toda essa “complexidade” se esvai no decorrer do filme, no fim das contas é bem fácil entender cada coisa.


O filme é divertido e animado e o que eu mais gosto são das cores, elas trazem uma “organização” por assim dizer que é legal de prestar atenção. O filme é bom e bem leve. Porém não cheguei a entender a indicação ao Oscar na categoria de Melhor Filme. Posso assisti-lo mais algumas vezes que ainda assim não vou entender porque diabos ele está ali e não vou concordar com a indicação por mais divertido e bonito (visualmente) que ele seja.


 
 
 

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