Cooping #01 Battlefield
- coopingblog
- 5 de fev. de 2015
- 7 min de leitura
Escrito por: Igor Sérgio Michetti

Após várias idas e vindas nas Lan Houses da vida, descobri um amor. Heh. Hei de me confessar, nunca fui usuário assíduo desses locais fechados em vidros escuros e paredes aveludadas, raras foram as vezes que menti aos meus pais para ir até tal antro de adolescentes, porém, foi numa dessas raras vezes que, após fugir de maneira honesta da escola, conheci o prazer do jogo multiplayer. Entre partidas de C.S. 1.6 e Need for Speed Most Wanted, algo mudou, transformando-me num ser muito mais social do que o normal que se espera de pessoas "estranhas". Mas nada é eterno, quando meus amigos de Lan se formaram juntamente comigo no esquecível Ensino Fundamental, me vi sem amigos de C.S. e para a vida. Há de se admitir, os "amigos para a vida" se tornaram mais chatos (sorry, fellas), porém, os amigos de Lan evoluiram para algo diferente.
Não me lembro do ano, tampouco me importa, mas em algum momento eu recebi um presente inesperado, a beta de Battlefield Bad Company II. O que foi aquilo? Acostumado ao C.S. maroto, entrei num modo no qual dois times lutavam para manter o controle de certo ponto no mapa, uma bomba, enquanto o time defensor precisava manter a bomba intacta, outro time - os atacantes - precisava invadir o local e acionar a bomba, que seria detonada em poucos segundos caso os defensores não a "defusassem" (você que conhece esse termo merece minha saudação). Era uma C.S. basicão, porém, o mapa era maior e havia grande variedade de classes de personagens, veículos terrestres, aéreos e aquáticos, além de haver certa.... Não sei o que.... Algo que deixava cada partida única. Eu só fui comprar esse jogo anos mais tarde e meu notebook nem rodava direito. A semente fora plantada.

Mais tarde ainda, durante certa Comic Con, um atual grande amigo meu me empresta seu Ps3 - o meu morrera naquele mesmo ano - com a missão d'eu zerar o game Last of Us. Sim, eu zerei e gostei um cadinho desse tal de Last of US, durante tal feito, porém, fiz o download do Battlefield 3. Edgar, a culpa é sua! Foi ali que um ciclo se fechou para dar início à outra. Descobri a minha franquia favorita em games e não tenho vergonha de admitir, poucos jogos me prendem por muito tempo, Battlefield 3 começou criou um vício inerente (estou ansioso por esse filme, aliás) em minha pessoa, era meu dia: acordar, ligar o Ps3, colocar os fones num volume inacreditável e se esquecer do mundo. Essa magia durou uma semana e custou parte de minha audição. Justo.

Ao angariar dinheiro o bastante, comprei um novo Ps3 em certa Black Friday, resultado disso, comprei Battlefield 4. Era incrível como o BF4 (só para os íntimos) não funcionava, após 5 partidas, o Ps3 simplesmente travava e lá ia eu desligar o aparelho e ouvir aterrorizantes três bipes. Mas era BF. O início foi tenso, entre o medo de estragar o recente Ps3 e corromper meus sabes, cheguei às 80 horas e à uma perícia que me levava ao top 5 da maioria das partidas. Daí eu parei.
Qual não foi minha surpresa em descobrir um BF4 muito melhor e maior no Xbox One? Aquele jogo foi feito pra isso, 64 jogadores num mapa destrutivo (tenho um prazer secreto de admirar o prédio mais alto do mapa "Siege of Shangai" ruir, cair e espalhar uma nuvem toxica de poeira por todo o mapa), com muito mais pontos a serem dominados e mantidos e maior fluidez nos quase 60 fps. BF4 foi lançado quebrado e instável, sua taxa de frame rate ainda não é estável, o modo single player só serve como distração enquanto o jogo termina de ser baixado (nos novos consoles) e há bugs, após inúmeros patchs de correção. Foda-se, BF4 é das melhores coisas em multiplayer à venda atualmente.
Eis que me rendo novamente à série, estou jogando a beta de Battlefield Hardline. Recebi a notícia de que o próximo game da série seria feito não pela DICE, mas pela Visceral Games, estúdio que nos trouxe Dead Space, além dessa mudança de estúdio, o tema central do jogo abandonou o militarismo e caiu no tema política e ladrão, fiquei bastante apreensivo com tais mudanças (mas não fui otário e ergui minha bandeira de bater ou reclamei no twitter). Bobagem. Battlefield Hardline será um produto excelente.

Temos na beta três modos de jogo, o clássico "Conquista" (aposto cem pilas que só colocaram esse modo na beta para convencer pessoas como eu), e dois novos: "Heist" e "Ligação Direita". Já digo que meu modo favorito é o " Ligação Direita ", funciona assim: duas equipes, polícia e ladrão, um mapa consideravelmente grande e quatro pontos de conquista, cada time precisa dominar esses pontos e mantê-los, clássico modo, porém, os pontos são veículos e, para ficar ainda mais interessante, o motorista precisa manter o veículo em movimento numa velocidade mais alta do que segura. Há desde carros normais à CAMINHÕES DE GASOLINA! O time que mantiver os pontos dominados por mais tempo, vence. O inferno é dirigir um caminhão de gasolina enquanto todos os jogadores do time adversário tenta te explodir, há meios de seus companheiros te ajudarem, como a interessante mecânica que permite o jogador se esticar para fora do carro ou abrir portas e janelas para aumentar o raio de visão. O outro modo apresentado, coloca uma roupagem nova no modo " Rush", no qual os policiais defenderão um banco ou algo de valor de bandidos. Dois são os mapas presentes na beta e já basta para dar uma prévia do nível de variação presente, há uma tempestade de areia que acaba com a visão e dificulta a vida de snipers em certo mapa, noutro desses guindastes gigantes usados na construção de prédios cai e detona a rua, buracos são abertos criando caminhos inéditos. Enfim, é Battlefield.
Quero concluir com o seguinte, meus atuais "Amigos de Lan" são desconhecidos silenciosos, entretanto, ainda são humanos imprevisíveis. Battlefield Hardline merece ter Battlefield no nome, estou contando os dias para seu lançamento.
P.S.: Aos queridos leitores, venham jogar comigo pela Xbox Live, eis minha gamertag: Ism18

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Comentários:
Edgar: Eu queria ser uma pessoa dada às jogatinas online. Juro que, inclusive, eu tentei ser. Tentei com alguns jogos aqui e ali (os tais Battlefields, inclusive), mas existe nesse modo uma impessoalidade que torna, para mim, toda a diversão completamente artificial. Eu entendo todos os argumentos que costumam me dar em defesa dessa modalidade e tudo mais e já até aceitei o fato incontestável que, hoje em dia, o componente online costuma pesar MUITO mais na produção, por parte dos desenvolvedores, e compra, por parte dos gamers, do que qualquer outro fator. O fato é que, podem me chamar de conservador ou purista, na minha opinião, o jogo pode ter dezenas de modos insanos, divertidos e desafiadores, nada, nada vai superar o multiplayer clássico. Aquele que você e seu grande amigo, um ao lado do outro, digladiam e competem pelo prazer de zombar o perdedor. Tudo isso sem lags, sem um microfone atrelado à cabeça. Pode, sim, ser mais trabalhoso, nos dias de hoje, arrastar aquele seu amigo para sua casa (ou pra dele), mas, sei lá, é muito mais divertido. E, ah! Melhor de tudo é quando o game oferece co-op local! Talvez seja por esse motivo que tenho me sentido tão frustrado com as produtoras atualmente: todo e qualquer game que ofereça o modo co-op, o limita ao online.
Felipe: Depois que tive a oportunidade de jogar um pouco do Hardline, cheguei a conclusão que não gosto tampouco tenho paciência para tais tipos de jogatina online. Sou um pouco antissocial nos games online, seja no MMORPG ou no FPS. Compartilho das frustrassões do Edgar quanto às limitações de modo co-op ou versus para o modo online.
Também compartilho da ideia que para jogar no modo multiplayer, devem ser no mesmo console, no mesmo ambiente, cada um com seu joystick e até mesmo ter o jogador "de fora". Essa é a única forma que consigo me divertir jogando no modo multiplayer. De qualquer forma, sempre existem exceções, Portal 2 e Left for Dead foram as únicas na minha lista.
Antônio: Analisando outro dia, com um jogo que a primeira vista pode parecer que não tem nenhum tipo de semelhanças com Batllefield, consegui entender o que talvez possa ser um dos grandes motivos para que alguns jogos do tipo Block Buster continuem a vender muito. A maioria desses jogos ninguém se interessa por história ou coisa do tipo, mas sim pela jogabilidade, e a cada jogo novo da mesma franquia, são acrescentados pequenos detalhes novos aqui e ali, coisa pouca, mas é essa coisinha que leva o jogador a comprar o jogo novo, e no ano seguinte vai comprar novamente. O jogo com o qual e percebi isso foi Pokémon, que desde 2009 teve um jogo por ano. Se você joga qualquer um dos jogos da franquia principal, é como se já tivesse jogado todos, pois são muito parecidos, e quando eu digo “muito parecido” é muito mesmo. Nunca conheci ninguém que joga ou jogou Pokémon pela historia, pois é normalmente ridícula, e é sempre o mesmo clichê de um jogo para o outro, todos que conheci jogam pelas batalhas, e a cada ano que passa as batalhas vão recebendo um adicional aqui e outro dali. Essas pequenas mudanças que fazem um fã comprar um jogo novo a cada ano (no caso de Pokémon são dois, pois os jogos da franquia costumam sair em duas versões). Nunca tive a oportunidade de jogar nenhum dos títulos anteriores da franquia Batllefield, (posso estar enganado) mas acredito que os jogos devam ser bem parecidos uns com os outros, no entanto, são os pequenos detalhes, os adicionais em relação o jogo anterior que leva o jogador a compra um titulo novo a cada ano.
Agora o Beta de Hardline, achei que ele pecaram em uma coisa. Para quem nunca jogou nenhum titulo anterior da franquia, que é o meu caso, ficaria muito perdido no jogo, como eu fiquei, porque não é introduzido a você, você que é introduzido no meio do jogo sem saber nada, sem saber o que fazer e como fazer. Achei que o Beta ficou muito focado só pra quem já é acostumado com a série. Bom talvez não seja seu objetivo, caberia um Demo fazer todos os tutoriais do jogo, mas mesmo assim o Beta poderia ter sido um pouco mais claro para os novatos. Eu só fui entender o objetivo do jogo quando li o texto do Igão.
Marina: Eu não comentei e, com isso, dei liberdade para o maravilhoso, lindo e gostoso Igor de comentar em meu lugar. Desculpa =(.
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