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Turma da Mônica: Laços - Análise.

  • Foto do escritor: coopingblog
    coopingblog
  • 4 de fev. de 2015
  • 3 min de leitura

De traços simples à cores que recordam um nostálgico giz-de-cera, “Laços”, de Vitor e Lu Cafaggi, consegue prender os leitores dessa história, fazendo-os ler a graphic numa tacada só. Até mesmo aqueles que não são fãs de carteirinha da Turma da Mônica, eu, por exemplo, tendem a se interessar. Afinal de contas, sempre teve alguma pitada de Turma da Mônica na receita de nossas infâncias.


Não importa se essa pitada foi em quantidade maior ou menor, “Laços” é aquela história capaz de te envolver, surpreender e te fazer recordar das mais doces (ou até mesmo amargas) lembranças de quando se ainda era uma criança.

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A história de “Laços” é aquela em que todo leitor está sujeito a se emociona e mostra o pequeno Cebolinha encarando a triste notícia de que seu cachorro, Floquinho, fugiu. Porém, mesmo para aqueles que não acompanham a série de perto, é certo dizer que os “planos infalíveis” do Cebolinha tem, mais uma vez, um grande papel nesta história que é focada no resgate da coisinha verde e felpuda (que eu sempre confundo onde é a cabeça e o rabo) mais fofa de toda a série. No decorrer da história, Cebolinha, Mônica, Magalli e Cascão se envolvem em tramas desde trombadinhas, até bosques “assombrados por cachorros-fantasmas”.


Se a história em seu desfecho ficasse somente na relação Cebolinha x Floquinho, por mim estaria tudo bem, mas, se existe algo que os BONS escritores (e desenhistas) sabem fazer, além de histórias fantásticas onde o leitor não consegue deixá-la para depois e sempre quer mais e mais e mais, é colocar um desfecho capaz de te fazer mergulhar mais fundo ainda na história.


E é justamente isso que a Lu e Vitor realizam aqui. “Laços” tem um final fantástico que já faz valer a leitura.


Eis que vos digo, leiam “Laços”, mesmo não sendo fã da turma da Mônica, LEIA!


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Comentários:


Edgar: Não vou mentir que tenho uma relutância gigantesca com o selo MSP da Panini/Maurício de Sousa. Cheira a mim oportunismo, como a série Turma da Mônica Jovem.

Mesmo assim, encarei, inicialmente, Astronauta e terminei a leitura "certo de que estava certo" e, daí, veio a Laços.

O Santiago acertou direitinho ao dizer que a gente nem percebe a leitura da graphic, mas não é só isso... Sabe aquela história que, quando acaba, deixa um sorriso doce no seu rosto? Laços tem disso também.

E muitos dos motivos o Santiago já falou aí em cima, os traços lindos e que remetem a um desenho de giz de cera, a história cheia de ternura e seu final (que final!)!

Mas gostaria de incluir na lista seu texto ágil, despretensioso e inocente, exatamente como as falas de uma criança.

Como não derreter quando, em determinado momento, Mônica e Cebolinha discutem sobre o nome da turma?

Além disso, Laços faz algo que poderia ter sido uma armadilha fatal, mas que foi usada de maneira tão equilibrada pelos autores que acabou se tornando o maior trunfo da obra: seu apelo à nostalgia.

Como não sentir vontade de voltar a ser criança, ter TODAS as revistas da Turma da Mônica, ler as tirinhas no final da revista primeiro e bolar planos infalíveis com o Cebolinha?

Além de tudo, tem aquele final (e eu sei que já mencionei isso anteriormente)... Ah, aquele final.


Igão: Turma da Mônica é um negócio esquisito, me parece que sempre existiu e é extremamente improvável que deixe de existir. Laços traz certa magia diferente para a eterna história da turma. Tem qualquer coisa de especial no traço dessa revista que cria vida aos personagens, a Magali está tão bonitinha e engraçada (quero ser o pai de uma garota igual), creio ser uma mistura de cores meio borradas... Não importa. Essa revista é especial, a história contida nela tem a simplicidade da perfeição, peguei-me em três momentos com olhos marejados. E o começo da revista? Lembro-me de ler e pensar: "Que saudade da Turma da Mônica!". Não me alongo, prefiro deixar pequeno e simples, somente quero compartilhar que descobri algo antigo há muito perdido, velhos amigos de papel.

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